Cidadania Global: seremos nós os verdadeiros agentes da mudança?

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Cidadania Global: seremos nós os verdadeiros agentes da mudança?

É verdade que vivemos, cada vez mais, num mundo polarizado e globalizado, onde as pessoas, as cidades, os países estão (mentalmente) mais próximos. De uma forma acelerada e ativa, gradativamente, sabe-se o que acontece na ponta oposta do mundo, qual foi a novidade, revolução, conquista, crise, que acabou de ocorrer.

Dada esta evolução e aproximação, é importante referir também o impacto que dado acontecimento pode, e tem, em qualquer lugar da Terra. Quando penso no assunto, ocorre-me rapidamente a crise climática que estamos a viver. Provoca, atualmente, de acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados, a deslocação de 21,5 milhões de pessoas, anualmente. Estas migrações ocorrem sobretudo devido a cheias, furacões, tempestades e/ou secas, propiciando a alteração do meio físico e da forma como os seres vivos nele agem, o comprometimento dos ecossistemas e da biodiversidade, e problemas socioeconómicos e de saúde na Humanidade.

Será este o mundo que queremos futuramente? Será que podemos ter algum impacto positivo? Eu creio que não e sim.

Para além de um Mundo polarizado, é também necessário um Mundo justo e sustentável, e para isso, é necessário começarmos a analisar a realidade de forma diferente. Como resultado, é importante abordar a ideia de Cidadania Global, e em como nos atribui importância, responsabilidade e sentido de ação.  Partindo da conceção de que somos todos cidadãos do Mundo, todos somos capazes de agir perante as demais ações que nele ocorrem, e gerar impacto e influência. Posto isto, é cada vez mais necessário a inter-relação entre as problemáticas, desigualdades, e as suas possíveis soluções. A Cidadania Global consegue criar essas pontes, construindo caminhos conjuntos, desconstruir narrativas e ideias estereotipadas, mobilizando a Humanidade para o bem comum e justiça social.

Juntos, numa cidadania global ativa, com base no conhecimento científico que nos chega através de papers de reflexão, ações de sensibilização, estudos de campo, como as levadas a cabo, por exemplo, na Campanha #ClimateOfChange, é possível termos um papel ativo. Dirijo-me sobretudo para nós, jovens, que podemos não ter um papel meramente de espetadores, mas sim estar diretamente envolvidos na promoção de padrões de estilos de vida sustentáveis, assim como na alteração do modelo de economia, mais sustentável dentro das nossas fronteiras planetárias. Juntos, podemos viver num Mundo melhor e mais justo.

Por Joana Gonçalves

Nota: Onde se lê “o” deve ler-se também “a” sempre que aplicável, de forma a garantir o respeito pela igualdade de género também na escrita.

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