Um sem-abrigo segura uma placa que diz “Sem-abrigo devido às alterações climáticas, não quero dinheiro, quero ação climática”. Um transeunte goza com dele dizendo-lhe para ir procurar emprego, uma vez que não há mudança climática, provocando as reações de outros transeuntes que discordam dele e dizendo-lhe que a mudança climática é real e que todos nós a vivemos.
A ONG ActionAid, no âmbito do projeto #ClimateOfChange, conduziu uma experiência social sobre o tema da justiça climática com o objetivo de trazer ao de cima a escala da crise atual, e os riscos futuros, se não forem feitas mudanças. Esta experiência social evidencia a necessidade de justiça climática para as populações vulneráveis que são as mais duramente afetadas pelas alterações climáticas.
A experiência social foi realizada com a participação de dois atores profissionais, um que interpretava o sem-abrigo e o outro o transeunte conflituoso, enquanto as câmaras gravaram as reações das pessoas que passavam por ali.
Todas as pessoas manifestaram reações positivas, mas expressando a sua aprovação, outras abraçando o ator sem-abrigo e outros perguntando como poderiam tomar medidas climáticas: “Ainda bem para si, parabéns, diga-nos como podemos ajudar”.
É interessante que à pergunta do ator: “acredita em tudo isto?”, respondeu um transeunte: “não é uma questão de acreditar, não veem isto acontecer?” Da mesma forma, uma jovem que passava perguntou ao ator sem abrigo “o que aconteceu exatamente para o trazer aqui?”. A resposta que ela recebeu foi: “O que está agora a ler é um verdadeiro cenário do futuro”.
Infelizmente, este não é um cenário hipotético, mas uma realidade que já afeta o planeta em geral, criando condições de vida especialmente adversas para as comunidades vulneráveis nos países do Sul que não dispõem dos meios ou dos recursos que lhes permitam enfrentar a situação em questão. A crise climática está aqui e é necessário agir já em prol da justiça climática.
Esta experiência social foi realizada no âmbito do projeto #ClimateOfChange, financiado pelo Programa DEAR da União Europeia.