A Europa vive atualmente como se tivéssemos 2,8 planetas, consumindo demasiados recursos naturais e destruindo o ambiente. A exploração dos recursos do mundo é enviesada a favor dos que já são ricos, com milhões de pessoas nos países menos favorecidos a trabalhar para alimentar os mercados dos países de rendimento elevado, enquanto suportam o impacto da degradação das condições ambientais e um clima instável. Mas nós só temos um planeta Terra e, se o quisermos manter, precisamos de mudar as nossas economias para viver em harmonia com os limites planetários, assegurando o cuidado das necessidades básicas e do bem-estar social de todas as pessoas. Só assim podemos evitar desastres e garantir um mundo justo para todos.
O estudo “Rumo a uma economia do bem-estar”, produzido pela European Environmental Bureau (EEB) e Oxfam Alemanha, defende que a sobre-exploração de recursos é o resultado de escolhas políticas.
A economia depende das pessoas, que dependem da natureza e dos recursos que dela retiram. Décadas de crescimento desenfreado de extração, produção e comércio alimentaram um ciclo de destruição em grande escala. Esta sobre-exploração é o resultado de escolhas políticas.
No estudo foram analisadas as causas estruturais da crise atual: injustiças passadas e presentes entre os países e dentro dos países, a espiral crescente de desigualdade social, económica e política e a concentração de poder que lhes está associada, e uma fixação e dependência estrutural do crescimento económico. Este estudo centra-se na economia europeia e no seu papel e responsabilidades, a nível global e local. Abrange os domínios em que as pessoas produzem, distribuem e consomem produtos e serviços, quer seja através da economia de mercado quer seja através de outros mecanismos.
Lê a síntese do estudo (em português).
Este importante estudo foi produzido no âmbito do projeto #ClimateOfChange. Este projeto, cofinanciado pelo programa DEAR da União Europeia e pelo Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, I.P., procura informar e sensibilizar os jovens sobre as consequências do aquecimento global, incluindo as migrações, e dar-lhes poder para fazerem campanha e defenderem a mudança.
A missão da campanha #ClimateOfChange é ousada:
Acreditamos que, neste mundo interligado, a única forma de avançar é enfrentar simultaneamente múltiplas crises e exigir ação para criar um futuro justo e sustentável e uma economia humana.