Climate of Change Portugal https://climateofchange.info/portugal The human face of Climate Change Thu, 18 Aug 2022 15:31:28 +0000 pt-PT hourly 1 https://climateofchange.info/portugal/wp-content/uploads/sites/9/2020/11/cropped-footer-logo-32x32.png Climate of Change Portugal https://climateofchange.info/portugal 32 32 7 dias no Chipre para observar de perto os efeitos das alterações climáticas https://climateofchange.info/portugal/7-dias-no-chipre-para-observar-de-perto-os-efeitos-das-alteracoes-climaticas/ Fri, 29 Jul 2022 16:58:00 +0000 https://climateofchange.info/portugal/?p=2375 Após o Torneio final do Debate Pan-Europeu, em novembro de 2021, em Bruxelas, dois jovens portugueses, juntaram-se a um grupo alargado de outros jovens europeus, para participarem no Campo de Verão do projeto Climate Of Change, no Chipre, de 9 e 16 de julho.

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7 dias no Chipre para observar de perto os efeitos das alterações climáticas

De 9 a 16 de julho, 13 estudantes do ensino secundário com idades compreendidas entre os 15-19 anos participaram no Campo de Verão do projeto Climate Of Change, no Chipre.

Após a final do Torneio do Debates Pan-Europeu, em novembro de 2021, em Bruxelas, os melhores estudantes a debater qualificaram-se para as finais do debate em Bruxelas, tendo os vencedores sido selecionados como participantes nesta atividade.

O Campo de Verão, organizado pela UNRF, teve lugar na parte noroeste da ilha do Chipre. O foco das atividades foram os diferentes aspetos das alterações climáticas que afetam a ilha – incêndios, os impactos das alterações costeiras, o impacto em lagos e rios, e na biodiversidade.

As manhãs foram reservadas para palestras e workshops de especialistas, apresentando temas teóricos e, à tarde, para visitas de campo para experienciar os problemas ambientais – por exemplo, incêndios ou recuperação florestal após 10-20-30 anos após um incêndio, as pressões sobre o ecossistema costeiro e marinho e os problemas causados pela interferência humana.

 

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Empenhados na luta contra as alterações climáticas, os dois dos 13 jovens eram portugueses e puderam reforçar o seu conhecimento e partilhar experiências e práticas de ativismo para um mundo mais justo, digno e sustentável. Entrevistámos os embaixadores portugueses: a Beatriz Santos (BS), 18 anos e o Tiago Fortes (TF), 15 anos.

 

Como é que as alterações climáticas afetam a tua vida? / te afetam?

BS: O que mais afeta a zona onde eu vivo são as oscilações extremas de temperatura/estações pouco definidas e a falta de chuva. Cada vez vejo mais rios a secarem ou a tornarem-se sazonais e terem água por períodos de tempo mais curtos. Isto também afeta a agricultura (que é o sustento de muita gente na minha aldeia), pois há cada vez menos água e o solo está a ficar mais seco e mais propício a receber espécies invasoras.

TF: As alterações climáticas, embora ainda não estejam muito presentes em Portugal, já se sentem, especialmente no verão quando as temperaturas ficam mais altas do que o suposto. Ocorrem mais incêndios do que as florestas são capazes de renovar, o que destrói o nosso belo país.

 

Se pensares na interligação entre justiça social e justiça ambiental, o que é que é que tem vem logo à cabeça?

BS: Para mim estes dois tipos de justiças estão ligados um ao outro, sendo o primeiro dependente do segundo, apesar de muita gente e mesmo os Governos não se aperceberem, as alterações climáticas afetam toda a população, mas a população das classes sociais mais baixas tem menos poder económico para minimizar estes problemas, tais como as temperaturas extremas, que, o seu efeito pode ser diminuído com o devido isolamento das habitações, mas que muita gente não tem acesso.

TF: O que me vem logo à cabeça quando penso nesta interligação é o facto de as organizações internacionais (ONU, UE…) ainda não serem tão assertivas sobre esta ligação. Veja-se, por exemplo, a invisibilidade que é dada ao tema dos refugiados climáticos, uma realidade para a qual não existe legislação …

 

Falemos da tua viagem ao Chipre…

Destaca um dos aspetos mais positivos desta experiência?

BS: Foi conhecer as realidades dos outros países europeus e ver que os problemas climáticos apesar de distintos são algo que todos os países têm em comum. Outro aspeto positivo também foi o de haver bastantes jovens e organizações espalhadas pela Europa que procuram, não só ter mais conhecimentos sobre este assunto, mas também espalhar informação e agir corretamente.

TF: A viagem foi absolutamente incrível. Foi uma experiência inovadora, que mudou a minha forma de pensar e de como vejo o mundo. Conheci pessoas incríveis e novos lugares que nunca vou esquecer. Adorei!

 

E negativos?

BS: Apesar de, para mim, o conhecimento ser um dos bens mais valiosos que podemos ter, saber todos os efeitos negativos, muitos deles já irreversíveis que as alterações estão a provocar ao redor do mundo fez-me perder um pouco da esperança que tinha para um futuro mais verde. Estes problemas já estarem tão presentes no nosso dia a dia e mesmo assim, os políticos e as grandes empresas não estarem a agir como deveriam faz-me pensar que a solução para isto passa mais pela adaptação do que pela reversão.

FT: A alimentação ética e justa continua a ser um desafio com grande impacto no tema das alterações climáticas. Por exemplo, a nível pessoal, as nossas refeições no summer camp, apesar de ter referido aos organizadores que não comia produtos com óleo de palma era raro encontrar um que nos oferecessem que não tivesse este ingrediente.

 

O que mais te chamou a atenção sobre o tema nos locais que visitaste?

BS: Num dos dias da viagem aprendemos sobre como as alterações climáticas e os incêndios florestais afetam as florestas e pinhais do Chipre e este foi o dia que mais me marcou. Onde eu vivo existem muitos quilómetros de floresta queimada, mas, só quando regressei a Portugal depois desta viagem é que consegui olhar para essas florestas destruídas como uma consequência das alterações climáticas e do aumento das temperaturas. Os incêndios florestais infelizmente também são cada vez mais um problema que afeta Portugal e, apesar de serem tratados com abordagens diferentes nos diferentes países, fiquei com mais conhecimentos sobre o tema e também ganhar curiosidade para pesquisar ainda mais sobre isto e pensar em ações que poderiam melhorar algo.

 

Identifica algo que sintas que vá mudar em ti, no teu comportamento após esta experiência?

BS: Após esta experiência vou ser mais pró-ativa na comunidade onde vivo em relação a este tema, não só a manter-me informada, mas também a espalhar informação e a envolver-me mais em projetos deste tipo pois, depois desta viagem sinto que consigo ser mais útil para a sociedade e também que cresci enquanto pessoa por ter aprendido diversas coisas com os outros participantes deste projeto.

TF: Podermos ver e sentir os efeitos das alterações climáticas ao vivo foi um ponto bastante positivo, uma vez que estamos habituados a falar delas, mas como conceito e quando temos a experiência e a oportunidade de as sentir, temos uma nova perspetiva e conseguimos analisá-las de uma maneira completamente diferente.

Achei interessante o modo de como, o ecossistema trabalha a seguir a um incêndio, de modo a conseguir voltar à vida que existia lá originalmente.

 

Sentes que estamos empenhados/as como comunidade global em dar uma resposta à emergência climática?

BS: Não, apesar de cada vez mais se ouvir falar sobre ação climática e sustentabilidade a maioria das ações são individuais e, apesar de ser importante principalmente espalhar informações e criar uma consciência coletiva, na minha opinião quem precisa de mudar são as grandes empresas. Por um lado, penso que estamos cada vez mais a ser ouvidos enquanto consumidores e as empresas estão se a tornar mais sustentáveis devido a essa mesma pressão dos clientes. Por outro lado, algo que impede esta evolução é o consumismo e os interesses económicos, duas realidades que também estão muito presentes na nossa sociedade e que são difíceis de contrariar.

TF: Após esta viagem sinto-me mais proativo e com mais vontade e dedicação para poder fazer algo que possa realmente ajudar a salvar o planeta e a nós.

Apesar de ainda haver greenwashing por parte de empresas e afins, acredito que nos estamos a perceber da emergência e que nos estamos a tornar mais verdes. Ainda que faltem muitos passos para que consigamos estar completamente focados na emergência climática, estamos a caminhar para um futuro mais sustentável.

 

Consideras que a nível político estamos a fazer tudo o que é possível para responder a este desafio?

BS: Não. Em Portugal, os partidos que realmente se preocupam com os problemas climáticos pelos quais estamos a passar são pequenos e não são levados a sério e os partidos políticos que têm realmente impacto no país, não têm a justiça climática na sua lista de prioridades.

TF: Sem dúvidas que a nível político não se está a fazer tudo o possível para combater a crise. Apesar de tudo, o crescimento económico continua acima da crise climática. Daí não haver políticas suficientes.

 

Qual o melhor e o pior cenário que projetas para 2030?

BS: O melhor cenário que eu projeto para 2030 é termos chegado a um ponto em que a consciência coletiva é, de facto, suficiente para fazer pressão sobre as grandes potências para pararem de ignorar os problemas climáticos e agirem de modo que isto seja uma luta sem fronteiras, em que estamos todos juntos pela mesma causa.

Por outro lado, o pior cenário é o de todas as iniciativas, seja por parte de individuais ou de empresas que vemos e estão a começar a ter impacto, não sejam suficientes para impedir que os efeitos das alterações climáticas se agravem. Se isto acontecer irá certamente existir um número de refugiados e migrantes climáticos crescente que junto com outros fatores irá piorar consideravelmente o conforto e o bem-estar de toda a população mundial, em que até os mais ricos e privilegiados irão sentir estes efeitos na pele. Quando isto acontecer será uma situação mesmo irreversível.

TF: Acredito que em 2030 possamos estar num futuro mais limpo e verde ainda que não atinjamos a neutralidade carbónica, algo que acho absolutamente improvável. Mas acredito que por essa altura estaremos a dar o nosso melhor para a atingir. No pior dos casos, estaremos ainda estagnados e a procrastinar a dizer que se fará e que se fará, mas nunca nada é feito. Estaremos a adiar a neutralidade carbónica de 2050 para 2060 e nunca se fará nada.

 

Uma dica, um incentivo, um pensamento para todas as pessoas que ainda acham que a luta contra as alterações climáticas só começa amanhã?

BS: Pesquisarem e manterem-se informados sobre onde as alterações climáticas já são presentes onde cada um vive porque sozinho ninguém consegue mudar o mundo, mas é através da iniciativa de alguém que se consegue atingir grandes objetivos e, a luta não pode apenas começar amanhã quando este problema já se está a tornar uma realidade tão grave e tão pouco recente.

TF: Para todos os que ainda pensam que as alterações climáticas são uma batalha do amanhã, só quero dizer que neste momento já é uma crise. Há dezenas de anos que sabemos da existência destas e há dezenas de anos que dizemos que nos vamos tornar mais verdes, mas nunca nada acontece. Se o ser humano não tivesse entranhado no seu ADN a procrastinação e tivéssemos agido no momento, não estaríamos neste momento com tantos incêndios e cheias. Por isso é que eu digo para agirmos já. Ainda temos oportunidade, por isso não adiemos mais.

Juntos conseguiremos!

 

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Para além do pânico: a realidade por detrás da migração climática https://climateofchange.info/portugal/para-alem-do-panico-a-realidade-por-detras-da-migracao-climatica/ Mon, 01 Aug 2022 16:48:23 +0000 https://climateofchange.info/portugal/?p=2344 Com o objetivo de descobrir as realidades por detrás dos "migrantes climáticas” demasiadas vezes invisíveis, a campanha Climate Of Change acaba de publicar um relatório que explora a relação entre as alterações climáticas e os padrões de mobilidade em quatro países que estão a sofrer catástrofes naturais com maior frequência e intensidade: Senegal, Guatemala, Camboja e Quénia.

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Para além do pânico: a realidade por detrás da migração climática

Com o objetivo de descobrir as realidades por detrás dos “migrantes climáticos” demasiadas vezes invisíveis, a campanha Climate Of Change acaba de publicar um relatório que explora a relação entre as alterações climáticas e os padrões de mobilidade em quatro países que estão a sofrer catástrofes naturais com maior frequência e intensidade: Senegal, Guatemala, Camboja e Quénia.

A guerra na Ucrânia revela a capacidade da UE em fornecer assistência rápida e eficaz aos deslocados e, ao mesmo tempo, como o nosso modelo económico, fortemente baseado em combustíveis fósseis e no extrativismo de recursos, está a alimentar conflitos e migrações forçadas em todo o mundo.

Embora em 2015 vários Estados-Membros tenham fechado as suas fronteiras em resposta à crise dos refugiados sírios, a UE levou apenas uma semana a implementar a Diretiva de Proteção Temporária quando a Rússia invadiu a Ucrânia. Esta diretiva concedeu autorizações de residência temporária e asilo a ucranianos, provando a capacidade da UE para dar uma resposta rápida ao conflito, abrigando pessoas que fogem do horror. Até à data, até 5 milhões de ucranianos beneficiaram da proteção temporária da UE.

Para além do princípio da solidariedade internacional que deveria impulsionar a UE, o passado colonial do bloco e as suas atuais relações comerciais globais realçam uma responsabilidade histórica por muitos dos conflitos que assolam o globo. As alterações climáticas não são exceção a esta lista de conflitos induzidos pela UE.

No entanto, as pessoas deslocadas por catástrofes climáticas ou degradação ambiental não correspondem à definição legal de “refugiado” e muitas vezes escapam ao radar do debate público. Reconhecendo esta necessidade crescente de identificar a demografia dos refugiados climáticos, investigadores da Universidade de Bolonha divulgaram em nome da campanha Climate Of Change um relatório intitulado Beyond Panic? Exploring climate mobilities.

 

Beyond Panic? Exploring climate mobilities in Senegal, Guatemala, Cambodia and Kenya

| Full Report | Executive Summary | Sumário Executivo (em Português)

Quem é o migrante climático?

As alterações climáticas são uma causa significativa de migração e estudos recentes estimam que até 2050 poderá forçar 216 milhões de pessoas a abandonar as suas casas. É importante notar que este número está relacionado com a migração interna, e não transfronteiriça, uma vez que estes movimentos são frequentemente enquadrados.

Apesar do enorme potencial de grandes migrações induzidas pelo clima e da necessidade de adotar políticas de imigração em torno deste afluxo, os países industrializados ricos estão a construir muros e não pontes para os refugiados. Os maiores emissores de gases com efeito de estufa do mundo gastam, em média, mais de duas vezes mais no armamento das suas fronteiras do que no financiamento climático. O Transnational Institute refere-se a esta disparidade de gastos como o “muro climático”.

Para além dos muros climáticos da Europa

Localizados na faixa tropical, Senegal, Guatemala, Camboja e Quénia são o lar de economias que são extremamente vulneráveis ao clima. No entanto, no seu conjunto, estes quatro países representam 0,1% das atuais emissões globais, em comparação com os 37% emitidos pelos países ricos e industrializados.

Atividades dependentes do clima como a agricultura, a pesca e o pastoreio são os pilares das economias das quatro nações. Isto torna-as cada vez mais suscetíveis aos efeitos das alterações climáticas. Por exemplo, padrões irregulares de chuva e eventos extremos relacionados, como a seca no Quénia e Senegal e inundações repentinas na Guatemala e Camboja, estão a causar estragos nos seus motores económicos da agricultura e pescas.

Ao mesmo tempo, a degradação ambiental causada pela má gestão ou utilização excessiva dos recursos naturais está a levar à desflorestação (abate ilegal no Camboja e na Guatemala), à desertificação (no Senegal e no Quénia) e à perturbação dos ecossistemas, tais como as florestas de mangais próximas da costa senegalesa. A pesca no Senegal, que emprega 15% da sua população, está a ser devastada pelo aquecimento global, bem como pela má gestão dos resíduos, pela poluição e pela apropriação dos oceanos.

As alterações climáticas atuam como um multiplicador das vulnerabilidades pré-existentes nestes países, tais como pobreza, falta de recursos, e insegurança alimentar, que interagem e se influenciam mutuamente. Assim, as pessoas, especialmente as que trabalham e dependem do ambiente, são mais propensas a migrar como a única estratégia de adaptação.

A justiça climática é a justiça da mobilidade

Apesar da narrativa generalizada de que a migração climática gira em torno da migração em massa para o Norte global, este relatório confirma que a migração intrarregional é muito mais prevalecente do que a migração internacional quando se trata de razões relacionadas com o ambiente.

Para os migrantes nos quatro países anteriormente mencionados, os sistemas de vistos altamente restritivos, atormentados com custos exorbitantes, significam que os canais regulares de migração transfronteiriça são extremamente limitados e menos prováveis. Isto deixa as pessoas envolvidas na migração transfronteiriça a enfrentar riscos mais elevados de exploração e custos elevados para assegurar a passagem internacional.

A UE tem uma grande responsabilidade por estes perigosos corredores de migração. Como as nossas instituições demonstraram com a guerra da Ucrânia, podem ser estabelecidos percursos migratórios regulares para proporcionar proteção temporária às pessoas deslocadas através de acordos regionais e bilaterais de livre circulação.

A necessidade de um clima de mudança

Um ambiente seguro, limpo, saudável e sustentável é um direito humano reconhecido pelas Nações Unidas que não está a ser exercido em muitas partes do mundo. Isto exige uma ação urgente, como exigimos na nossa petição #ClimateOfChange aos líderes europeus para a COP27.

A justiça climática não é apenas uma questão de defender o direito de mudança, mas também de defender o direito de habitar, de permanecer e de providenciar reparações climáticas para ajudar nesta matéria. A UE, como uma das regiões que mais contribuíram para a crise climática, deve cultivar alianças de solidariedade e ação coletiva com os povos e áreas mais afetadas (MAPAs*), fornecendo apoio financeiro suficiente para financiar as políticas de mitigação e adaptação.

Para evitar um “apartheid climático”, os países ricos industrializados devem adotar um novo pensamento ecológico, confrontando e superando as lógicas extrativistas e colonialistas das suas relações económicas. A UE pode e deve acelerar a transição para fora dos combustíveis fósseis, abrangendo a eficiência energética, as energias renováveis e modos de produção responsáveis que não coloquem os interesses das empresas acima dos das pessoas e da natureza, especialmente no Sul Global.

A ordem existente é uma ameaça à segurança ambiental a longo prazo. Só uma transição ambiciosa para uma economia de bem-estar social e ecologicamente justa poderia satisfazer a escala de ação necessária. O compromisso do Acordo de Paris de manter o aquecimento global abaixo de 1,5°C não é a nossa única forma de evitar consequências ambientais catastróficas, mas também de garantir os direitos humanos, sociais e económicos de milhões de pessoas.

É tempo de abordar a crise climática como uma crise social, chamando a atenção para os nexos de interligação da nossa economia extrativa e para os seus impactos desiguais em todo o mundo.

 

Sabe mais sobre a campanha pan-europeia: End Climate Change, Start Climate of Change! em climateofchange.info/portugal e aqui.

*Most Affected People and Areas (MAPAs)

 

 

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Parabéns às 10 OSC que se juntaram à campanha #ClimateOfChange! https://climateofchange.info/portugal/parabens-as-10-osc-que-se-juntaram-a-campanha-climateofchange/ Thu, 21 Jul 2022 10:04:54 +0000 https://climateofchange.info/portugal/?p=2331 Para o próximo ano, estas incríveis OSC vão chegar aos jovens de mais de 9 países para criar um movimento pan-europeu e pedir mudanças. Campos de jovens, workshops, exposições de arte, mesas redondas, campanhas e atividades nas escolas, estes e outros planos estão previstos para o próximo ano da campanha #ClimateOfChange.

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Parabéns às 10 OSC que se juntaram à campanha #ClimateOfChange!

A WeWorld e a Finep finalizaram a avaliação do convite à apresentação de propostas destinada a identificar as OSC de outros Estados-Membros da UE para levar a cabo uma campanha #ClimateOfChange a nível nacional. Recebemos propostas incríveis e ideias inovadoras para aumentar a consciência dos jovens e o seu ativismo sobre as interligações entre as alterações climáticas, a migração, o nosso sistema económico e o estilo de vida.

Gostaríamos de agradecer a todas as Organizações que apresentaram uma candidatura e felicitar as OSC que receberam o apoio financeiro.

Os nossos membros mais recentes são: Impact Makers Foundation (NL), Friends of the Earth (MT), Latvian Platform for Development Cooperation – LAPAS (LV), Croatian Platform for International Citizen – CROSOL (HR), VšĮ Žiedinė ekonomika – ZIE (LT), Ecumenical Academy (CZ), Utopia (SK), Viitor Plus (RO), Fundatia9 (RO), AKU (EE).

Para o próximo ano, estas incríveis Organizações vão chegar aos jovens de mais de 9 países para criar um movimento pan-europeu e pedir mudanças. Campos de jovens, workshops, exposições de arte, mesas redondas, campanhas e atividades nas escolas, estes e outros planos estão previstos para o próximo ano da campanha #ClimateOfChange.

Estamos muito entusiasmado/as por avançar para esta próxima etapa do projeto. Somos agora 26 organizações em 22 países da UE, envolvendo milhares de jovens nas nossas atividades e planos para chegar a muitos mais.

É tempo de fazer ouvir a nossa voz, é tempo de um #ClimateOfChange.

Junta-te a nós, assinando a nossa petição e exigindo ações concretas na COP27.

 

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As criptomoedas podem ser uma solução para evitar as alterações climáticas https://climateofchange.info/portugal/as-criptomoedas-podem-ser-uma-solucao-para-evitar-as-alteracoes-climaticas/ Wed, 13 Apr 2022 15:19:00 +0000 https://climateofchange.info/portugal/?p=2296 O financiamento de medidas de proteção ambiental através do uso de criptomoedas pode ter um impacto imediato no terreno, através da cooperação com governos locais, até a soluções globais que tentam abranger toda a natureza.

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As criptomoedas podem ser uma solução para evitar as alterações climáticas.

O financiamento de medidas de proteção ambiental através do uso de criptomoedas pode ter um impacto imediato no terreno, através da cooperação com governos locais, até a soluções globais que tentam abranger toda a natureza. A força deste tipo de tecnologias vem da sua possibilidade de expansão num curto espaço de tempo.

A presença das criptomoedas tem-se expandido no nosso dia-a-dia e estamos fartos de ver artigos sobre o perigo “das bitcoins”, os diferentes tipos de plataformas alvo de hackers, ou simplesmente sobre o que raio é uma criptomoeda.

O processo de mineração de criptomoedas, ou seja, dos indivíduos e entidades que fazem redes como a da bitcoin trabalhar, e são recompensados por isso, usou mais energia em 2021 do que o Paquistão. Isto é alarmante, e basicamente criou um processo que antes era feito por uma pessoa qualquer com um computador, numa indústria altamente especializada, onde milhões de euros são investidos em armazéns de servidores para mineração em países com preços de energia baixos como a Islândia ou a China.

O fato é que o mundo das criptomoedas é multifacetado e encontra-se em constante melhoria. Hoje em dia, existem cada vez mais protocolos novos, como a Solana, que gasta menos energia numa transação do que redes de pagamento tradicionais, sendo energeticamente iguais a uma pesquisa no Google.

O financiamento de medidas de proteção ambiental através do uso de criptomoedas pode ter um impacto imediato no terreno, através da cooperação com governos locais, até a soluções globais que tentam abranger toda a natureza. A força deste tipo de tecnologias vem da sua possibilidade de expansão num curto espaço de tempo.

Por exemplo, um dono de um terreno com um bosque de espécies de árvores diversas pode ser financeiramente recompensado por manter o mesmo através de criptomoedas, e promover a captura de carbono da nossa atmosfera. Este terreno pode tanto ajudar o ambiente como a biodiversidade local ao mesmo tempo, o que é especialmente importante em países afetados por incêndios como o nosso país, em que a maioria do nosso terreno florestal é composto por pinheiros e eucaliptos.

Alternativamente a floresta da Amazónia, que está prestes a entrar num ciclo irreversível de desertificação, pode ser copiada para o mundo digital onde cada investidor compra uma parcela de terreno em que pode financiar a sua proteção e manutenção, em vez da sua venda para desflorestação. Esta cópia pode basicamente incorporar a natureza no mundo financeiro. Imagina receberes o teu pedaço de floresta para proteger nos teus anos em vez de mais um par de meias.

Nós vivemos num mundo onde governos discutem anualmente soluções sem se comprometerem a algo concreto. Um mundo onde antes de chegarmos às datas estabelecidas pelo Protocolo de Glasgow já existem fortes indícios que não vamos conseguir evitar o aumento da temperatura do nosso planeta em 1.5 graus Celsius. Temos de começar a agir agora e tentar diferentes alternativas. Sabemos que a economia depende das pessoas, que dependem da natureza e dos recursos que dela retiram. Até hoje, décadas de crescimento desenfreado de extração, produção e comércio alimentaram um ciclo de destruição em grande

escala. Esta sobre-exploração é o resultado de escolhas políticas. E nós podemos influenciar essas escolhas políticas e exigir mudanças políticas que nos afastem da atual economia destrutiva, rumo a uma economia social e ecologicamente justa. O impacto individual é cada vez mais difícil, mas as criptomoedas possibilitam a união de vários com o mesmo objetivo. Vamos lá salvar o nosso planeta?!

 

Artigo escrito por Jorge Alexandre para o Megafone em Abril de 2022.

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Manifesto – Refugiados Climáticos https://climateofchange.info/portugal/manifesto-refugiados-climaticos/ Mon, 20 Jun 2022 13:50:00 +0000 https://climateofchange.info/portugal/?p=2288 Um Manifesto de um grupo de jovens da turma do 11º C, da Escola Secundária Francisco Rodrigues Lobo de Leiria, que procura sensibilizar a comunidade internacional para uma consciência coletiva e exigir sentido de responsabilidade por parte dos países que mais contribuem para as alterações climáticas.

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Manifesto – Refugiados Climáticos

Hoje já sabemos que a preocupação com as alterações climáticas é elevada em Portugal. De acordo com o inquérito promovido no âmbito da campanha #ClimateOfChange em cada dez jovens portugueses mais de seis (63%) estão muito ou extremamente preocupados com as alterações climáticas, em comparação com a média dos jovens europeus que é inferior a 50% (46%). Ficamos também a saber neste inquérito que 71% dos jovens portugueses inquiridos ouviram falar pouco ou nunca ouviram o termo “migrantes climáticos” em comparação com 68% dos seus pares em toda a Europa.

Mas hoje, Dia Mundial do Refugiado, em que sabemos que existem mais de mais de 100 milhões de refugiados, número que representa cerca de 1% da população damos a conhecer um Manifesto de um grupo de jovens da turma do 11º C, da Escola Secundária Francisco Rodrigues Lobo de Leiria, que  procura sensibilizar a comunidade internacional para uma consciência coletiva e exigir sentido de responsabilidade por parte dos países que mais contribuem para as alterações climáticas, obrigando-os a apoiar diretamente no auxílio e no acolhimento e integração dos refugiados climáticos, através de uma deliberação internacional concertada. É urgente dar vida a uma maior cooperação e coordenação entre organizações humanitárias, e superar a existência de lacunas na legislação internacional exigindo e criando uma clara definição de regras neste domínio.

Lê o Manifesto aqui

Este manifesto foi elaborado no âmbito do projeto de cidadania e desenvolvimento da turma 11º C e da campanhas #ClimateOfChange com o apoio do projeto People and Planet, financiado pela UE.e apoiado pelo Camões – Instituto da Cooperação e da Língua

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Campanha #ClimateOfChange convida Organizações da Sociedade Civil à apresentação de propostas https://climateofchange.info/portugal/campanha-climateofchange-convida-organizacoes-da-sociedade-civil-a-apresentacao-de-propostas/ Tue, 28 Jun 2022 16:12:30 +0000 https://climateofchange.info/portugal/?p=2274 O IMVF, enquanto parceiro da campanha pan-europeia #ClimateOfChange, está a atribuir apoio financeiro (mecanismo de subgranting sob a forma de atribuição de subvenções) a organizações da sociedade civil portuguesas que trabalhem com jovens em Portugal.

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Campanha #ClimateOfChange convida Organizações da Sociedade Civil à apresentação de propostas

Está aberto o convite à apresentação de propostas para Organizações da Sociedade Civil e Associações de Jovens no âmbito da Campanha #ClimateOfChange.

O IMVF, enquanto parceiro da campanha pan-europeia #ClimateOfChange, cofinanciada pela Comissão Europeia e apoiada pelo Camões, I.P., está a atribuir apoio financeiro (mecanismo de subgranting sob a forma de atribuição de subvenções) a organizações da sociedade civil portuguesas que trabalhem com jovens em Portugal.

Como parte da ação, o IMVF está a gerir um mecanismo de subgranting a nível nacional, sob a forma de subvenção a entidades terceiras. As entidades terceiras são organizações da sociedade civil que não sejam parceiros formais ou beneficiários da campanha, mas estejam interessadas em contribuir para as suas atividades. O convite estará aberto a todas as organizações da sociedade civil localizadas em Portugal e que tenham um forte histórico de proximidade e trabalho com jovens.

A candidatura completa deve ser enviada por via eletrónica para o seguinte endereço de e-mail: [email protected] até 27 de julho de 2022.

Consulte os Termos de Referência.

A campanha #ClimateOfChange procura consolidar a perceção e o conhecimento dos jovens cidadãos da UE quanto às migrações induzidas pelas alterações climáticas, como um dos maiores desafios do mundo globalizado. O principal objetivo é construir um futuro melhor tanto para os migrantes climáticos, a face humana das alterações climáticas, como para os jovens que irão enfrentar os piores efeitos da crise climática.

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Migrantes climáticos: da invisibilidade à necessária proteção https://climateofchange.info/portugal/migrantes-climaticos-da-invisibilidade-a-necessaria-protecao/ Mon, 20 Jun 2022 10:15:00 +0000 https://climateofchange.info/portugal/?p=2261 Mas quem é o migrante climático? E como podemos discutir o nexo entre crise climática e migração de uma forma produtiva e benéfica para aqueles cujas vidas e meios de subsistência estão em maior risco com a crise climática?

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Migrantes climáticos: da invisibilidade à necessária proteção

Subida dos Oceanos, cheias, secas, degradação dos solos, incêndios…os fenómenos climáticos extremos causados pelo aquecimento do planeta estão a gerar uma nova vaga de migrantes climáticos que precisam de proteção.

“Hoje, a seca piorou, porque chove menos e o solo está a ficar seco. (Sarah – Área rural). Para os pastores, a falta de água representa um grave problema, devido ao facto de eles não conseguirem manter o seu gado. Por causa da seca na nossa zona, os animais deslocam-se de um lugar para outro à procura de pastagens e água, e alguns dos nossos animais morreram por não haver chuva na nossa zona” (Safia Maicha – Diário Climático).

“As alterações climáticas estão relacionadas com a insegurança alimentar, falta de rendimentos e fome do gado, por causa das secas” (Abuya, mulher, área rural)

O Quénia é considerado um país altamente vulnerável aos impactos das alterações climáticas e uma forte tendência de migração rural-urbana deve-se a vários fatores, incluindo conflitos internos e desastres naturais. Em particular, secas e inundações estão a causar deslocações, especialmente entre os pastores que sofrem com a perda frequente de gado e o acesso limitado à terra, aos recursos e mercados. O uso de despejos para realizar projetos de desenvolvimento e de proteção ambiental também contribuíram para as deslocações, expulsando as pessoas de terras privadas, públicas ou comunitárias, tanto em áreas urbanas como selvagens. Embora o Quénia seja considerado um país de rendimento médio-baixo, os principais desafios continuam a ser a desigualdade e os níveis de pobreza do país, que aumentou a sua vulnerabilidade económica a choques. Isso pode também levar as pessoas a migrar internamente ou para fora das fronteiras do Quénia em direção aos Estados vizinhos ou à Europa.

O mesmo cenário desolador de vidas em suspenso por causa das alterações climáticas foram também estudados no Guatemala, no Senegal e no Camboja onde milhares de pessoas na procura de melhores condições de vida migram e dão início da uma jornada desconhecida, perigosa e pouco apoiada, uma vez que o Direito Internacional ainda não reconhece formalmente a figura do migrante climático.

Mas quem é o migrante climático? E como podemos discutir o nexo entre crise climática e migração de uma forma produtiva e benéfica para aqueles cujas vidas e meios de subsistência estão em maior risco com a crise climática?

Estas são algumas das questões que este relatório aborda e que têm sido o foco de muito debate ao longo da campanha #ClimateOfChange, no âmbito da qual este relatório é elaborado. Questões que, como tudo o que está relacionado com migrações, têm uma natureza profundamente política. Para tentar responder-lhes, recorremos a estudos empíricos de quatro países: Camboja, Guatemala, Quénia e Senegal. O estudo foi conduzido pela equipa interdisciplinar de investigadores sediada na Universidade de Bolonha, a partir de sistemas sociológicos, agrícolas e alimentares combinados, perspetivas humanas, geográficas e jurídicas, juntamente com organizações parceiras no terreno, onde não tenha sido possível visitar os países do estudo de caso devido à pandemia de COVID-19.

O sumário executivo, que hoje lançamos, e o relatório final que será divulgado em julho, baseiam-se nas perceções e realidades vividas por pessoas vulneráveis face ao clima nos quatro países dos estudos de caso, com o objetivo de centralizar os seus pontos de vista. Nestes países, para as pessoas sobre as quais este relatório se debruça, a crise climática não é uma ameaça futura, como para muitos países da Europa (embora mesmo aqui os incêndios florestais, secas e a erosão costeira ocorram cada vez mais).

Para as pessoas deste relatório, a crise climática é uma realidade do aqui e agora, que exige atenção e respostas políticas neste momento.

Lê o sumário executivo aqui

Assiste às histórias de vida aqui

 

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Limpeza de praia: 151 kg de lixo já não vão acabar no oceano! https://climateofchange.info/portugal/limpeza-de-praia-151-kg-de-lixo-ja-nao-vao-acabar-no-oceano/ Mon, 30 May 2022 16:19:58 +0000 https://climateofchange.info/portugal/?p=2251 The post Limpeza de praia: 151 kg de lixo já não vão acabar no oceano! appeared first on Climate of Change Portugal.

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151 kg de lixo já não vão acabar no oceano!

A campanha #ClimateOfChange em parceria com a Straw Patrol promoveu uma ação de limpeza na praia do Torrão, Trafaria, no passado dia 29 de maio.

Cerca de 50 pessoas, das quais 35 jovens escoteiros, do Clube de Desbravadores (Associação JA) recolheram durante uma hora e meia, 151 kg de lixo (muitos resíduos de plástico, embalagens de alimentos, garrafas, material de pesca, pneus…)  que já não vão acabar no oceano, nem no nosso prato.

O lixo de origem antropogénica e em particular os plásticos afetam ecossistemas e organismos marinhos, mas a grande viagem dos microplásticos no mar, que começa em cada objeto de plástico descartado, termina muitas vezes nos nossos pratos.

Na realidade são 8 milhões de toneladas de plástico que todos os anos vão parar aos nossos oceanos, sendo que os estudos indicam que resíduos plásticos e microplásticos são ingeridos por organismos marinhos em todos os níveis da cadeia alimentar e a partir dai a viagem até aos nossos pratos torna-se quase inevitável.

A responsabilidade coletiva de fazer mais e melhor para garantir um mundo mais justo, digno e sustentável é de todos e todas.

Acompanha as atividades da campanha #ClimateOfChange e ativa a tua cidadania global!

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O que pensas das alterações climáticas? https://climateofchange.info/portugal/o-que-pensas-das-alteracoes-climaticas/ Wed, 20 Jul 2022 09:36:00 +0000 https://climateofchange.info/portugal/?p=2248 Um sem-abrigo segura uma placa que diz "Sem-abrigo devido às alterações climática, não quero dinheiro, quero ação climática". 

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O que pensas das alterações climáticas?

Uma experiência social em vídeo

Um sem-abrigo segura uma placa que diz “Sem-abrigo devido às alterações climáticas, não quero dinheiro, quero ação climática”.  Um transeunte goza com dele dizendo-lhe para ir procurar emprego, uma vez que não há mudança climática, provocando as reações de outros transeuntes que discordam dele e dizendo-lhe que a mudança climática é real e que todos nós a vivemos.

O que se está realmente a passar?

A ONG ActionAid, no âmbito do projeto #ClimateOfChange, conduziu uma experiência social sobre o tema da justiça climática com o objetivo de trazer ao de cima a escala da crise atual, e os riscos futuros, se não forem feitas mudanças. Esta experiência social evidencia a necessidade de justiça climática para as populações vulneráveis que são as mais duramente afetadas pelas alterações climáticas.

A experiência social foi realizada com a participação de dois atores profissionais, um que interpretava o sem-abrigo e o outro o transeunte conflituoso, enquanto as câmaras gravaram as reações das pessoas que passavam por ali.

Mas, o que pensam esses transeuntes das alterações climáticas?

Todas as pessoas manifestaram reações positivas, mas expressando a sua aprovação, outras abraçando o ator sem-abrigo e outros perguntando como poderiam tomar medidas climáticas: “Ainda bem para si, parabéns, diga-nos como podemos ajudar”.

É interessante que à pergunta do ator: “acredita em tudo isto?”, respondeu um transeunte: “não é uma questão de acreditar, não veem isto acontecer?” Da mesma forma, uma jovem que passava perguntou ao ator sem abrigo “o que aconteceu exatamente para o trazer aqui?”. A resposta que ela recebeu foi: “O que está agora a ler é um verdadeiro cenário do futuro”.

Infelizmente, este não é um cenário hipotético, mas uma realidade que já afeta o planeta em geral, criando condições de vida especialmente adversas para as comunidades vulneráveis nos países do Sul que não dispõem dos meios ou dos recursos que lhes permitam enfrentar a situação em questão. A crise climática está aqui e é necessário agir já em prol da justiça climática.

Esta experiência social foi realizada no âmbito do projeto #ClimateOfChange, financiado pelo Programa DEAR da União Europeia.

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Ações para a mudança: limpeza de praia https://climateofchange.info/portugal/acoes-para-a-mudanca-limpeza-de-praia/ Tue, 17 May 2022 16:53:18 +0000 https://climateofchange.info/portugal/?p=2208 Sendo o impacto das alterações climáticas nas Pessoas e no Planeta, umas das preocupações da Campanha #ClimateOfChange, vamos arrancar a época balnear com uma ação de limpeza de Praia.

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Ações para a mudança: limpeza de praia

O Lixo Marinho é qualquer material sólido descartado persistente, manufaturado ou processado, eliminado, abandonado ou perdido no ambiente marinho e costeiro, incluindo materiais transportados de terra pelos rios, sistemas de drenagem ou sistemas de tratamento de águas residuais ou vento. – Agência Portuguesa do Ambiente

As alterações climáticas estão a aquecer os oceanos, causando acidificação do ambiente marinho e alterando os padrões de precipitação. Se a estes fatores juntarmos as pressões humanas sobre o mar, estamos certo/as de que vamos assistir à perda da biodiversidade marinha.

É também reconhecido que “o lixo de origem antropogénica e em particular os plásticos afetam ecossistemas e organismos marinhos. O lixo marinho pode causar impactos de muitas formas, nomeadamente através de: aprisionamento e ingestão, da facilitação de transporte, do fornecimento de um novo habitat para colonização, e dos efeitos ao nível da estrutura das comunidades das espécies.” (Agência Portuguesa do Ambiente)

Sendo o impacto das alterações climáticas nas Pessoas e no Planeta, umas das preocupações da Campanha #ClimateOfChange, vamos arrancar a época balnear com uma ação de limpeza de Praia.

Mais de 80% da poluição que atinge os oceanos tem origem em terra e é transportada para o ambiente marinho pelos rios e ribeiras. As zonas costeiras são por isso, os locais de depósito daquilo que deitamos fora dando origem ao lixo marinho.

As redes, os artefactos de pesca e os pedaços de plástico abandonados, bem como outros resíduos podem sufocar e esmagar recifes de coral e ecossistemas sensíveis de plantas marinhas. Todos os anos, milhares de animais marinhos são aprisionados ou estrangulados ou ingerem várias formas de detritos.

Juntos, ação a ação, podemos sensibilizar e mobilizar todos/as para um dos maiores desafios que hoje enfrentamos – as alterações climáticas.

Junta-te a nós, dia 29 de maio na Praia do Torrão, Costa da Caparica, entre as 09h30 – 12h30.

Inscrições obrigatórias até dia 23 de maio.

Nota: Todos os/as participantes irão receber um KIT #ClimateOfChange. O seguro de participação, bem como sacos e luvas serão assegurados pelos promotores da iniciativa (é imperativo proceder à inscrição para que possamos acionar o seguro).

Esta é uma iniciativa organizada em parceria com a @straw_patrol e apoiada pelo projeto #ClimateOfChange.

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